Filme em Libras com legendas em português explica a dengue

O pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários (Preac) da Unicamp, João Frederico da Costa Azevedo Meyer, abriu mão do microfone e se dirigiu à platéia em Libras, na manhã dessa quinta-feira (9), no Centro de Convenções da Universidade.

O pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários (Preac) da Unicamp, João Frederico da Costa Azevedo Meyer, abriu mão do microfone e se dirigiu à platéia em Libras, na manhã dessa quinta-feira (9), no Centro de Convenções da Universidade. Sua fala foi seguida pela tradução em português da interprete de Libras. "Há hoje no Brasil cinco milhões de surdos, para os quais a tradução sempre vem depois", explicou o pró-reitor. O evento marcou o lançamento do filme paradidático Dengue em Libras, produzido com o apoio da Preac e da Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP).



Com a quase totalidade dos diálogos em Libras, com legendas em português, o filme traz as principais informações necessárias sobre os perigos da dengue, os sintomas da doença e as formas de prevenção. O trabalho pioneiro da Universidade foi uma parceria entre o Centro de Estudos e Pesquisa em Reabilitação (Cepre), o Departamento de Desenvolvimento Humano e Reabilitação (DDHR), o Centro de Saúde da Comunidade (Cecom) e a Rádio e TV Unicamp (RTV).

Além da inserção direta no âmbito da saúde pública, o filme atuará no ensino de Português escrito e Libras. Ivani Rodrigues Silva, professora do DDRH e pesquisadora do Cepre, contextualizou o lançamento do filme na trajetória percorrida pela Libras na Universidade e na sociedade brasileira. Ela citou o primeiro curso de Libras oferecido pelo Cepre, em 1989, e contou sobre o árduo trabalho de convencimento das famílias sobre o uso língua. Muitas vezes a família tem medo, quer que seu filho fale igual aos ouvintes da sociedade. Nosso trabalho também é convencer de que Libras é língua mesmo e pode ser usada em qualquer ocasião, explicou Ivani. O vídeo representa a visibilidade que Libras ganhou na sociedade e, também, a ampliação da aceitação do surdo com sujeito.

Participaram também do lançamento do filme a professora Carmen Zink, do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL), Rôse Clélia Grion Trevisane, coordenadora adjunta do Cecom, e Angélica Bronzatto de Paiva e Silva, coordenadora do Cepre.